O corregedor-geral do TSE, ministro Benedito Gonçalves, como relator do processo contra Jair Bolsonaro, votou ontem pela inelegibilidade, mas poupou os direitos políticos do ex-candidato a vice-presidente, Walter Braga Netto. Gonçalves assegura que Bolsoanro "banalizou o golpismo, incentivou uma paranoia coletiva com as investidas contra o sistema eleitoral e atuou para demonstrar uma simbiose com as Forças Armadas". O ministro relembrou a escalada golpista de Bolsonaro desde as lives de 2021, nos ataques às urnas eletrônicas, na reunião com os embaixadores e nos ataques pós-eleição, chegando à minuta do golpe descoberta com o ex-ministro Anderson Torres.
Em certo trecho do voto, escreveu o ministro: "Bolsonaro violou ostensivamente deveres de presidente da República inscritos no artigo 85 da Constituição, em especial zelar pelo exercício livre dos poderes instituídos e dos direitos políticos e pela segurança interna, tendo em vista que assumiu injustificada antagonização direta com o TSE, buscando vitimizar-se e desacreditar a competência do corpo técnico e a lisura dos seus ministros para levar a atuação do TSE ao absoluto descrédito internacional".
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