Diante deste cenário, os militares e indígenas que participavam da busca das crianças, traçaram estratégias: variação de rotas em círculos, em "x" e em paralelos; repetição de pontos estratégicos; megafone que reproduziam uma mensagem da avó materna aos netos, em espanhol e no idioma da etnia. Mas nada disso teve efeito, até que elas, já cansadas, acomodaram-se em um clarão da floresta, onde foram finalmente encontradas no dia 9 de junho. Quando os militares chegaram ao local da queda do avião e encontraram os três adultos mortos, concluíram que havia gente viva, daí o direcionamento para a busca das crianças. Nessa nova fase, os militares uniram-se a 73 indígenas de aldeias próximas e traçaram conjuntamente os novos caminhos.
Montiel disse que houve união de forças, inclusive com compartilhamento de comida, além de orientação para uso do GPS. Do outro lado, os indígenas deram aulas aos militares sobre sementes, frutos e ervas comestíveis, que serviram a todo o grupo. Na região, chovia em média 17 horas por dias e os indígenas sabiam quando ia chover, enquanto os militares emprestavam roupas para os indígenas.
Há versões contraditórias sobre o cachorro Wilson, desaparecido, após ajudar na descoberta das quatro crianças perdidas na selva amazônica colombiana. Um tio das crianças, Dairo Juvenal Mucuty, em entrevista a jornais, declarou que o cachorro não passou três dias com os menores, como saiu em várias publicações. Dairo falou que "meus sobrinhos nunca o viram".
Santana, 19 de junho e 2023.
Nenhum comentário:
Postar um comentário