Em Itaitinga, no Ceará, foi escolhido um quarto, denominado "quartinho do amor", "sala do amor", ou ainda "quarto do pânico", para torturas individuais dos presos. Em denúncia, diz o Ministério Público: "Se é certo que a prática da violência e psíquica era ordinariamente empregada no dia a dia daquela unidade prisional no interior das celas, ruas e pátios, mais certo ainda que, para determinadas situações, mais complexas e sensíveis, contavam os policiais penais denunciados com um ambiente físico especialmente dedicado para a prática criminosa". Organismos de combate à tortura descobriram técnica dos policiais locais, no sentido de quebrar os dedos de presos, buscando com isso evitar reação contra os agentes.
Para o "quartinho do amor" eram conduzidos os presos indisciplinados, onde sofriam agressões, segundo Núcleo de Investigação Criminal do Ceará. Os presos ficavam nus e sofriam espancamentos, com participação de quatro agentes, usando cassetetes, spray de pimenta, faca e lanterna de choque. A Secretaria de Administração Penitenciária do Ceará declarou que repudia atos que "atentem contra a dignidade humana" e as medidas legais estão sendo tomadas pelo Judiciário, Ministério Público, Controladoria Geral dos Órgãos de Disciplina e Segurança Pública.
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