Outro caso de suicídio deu-se com um diretor de engenharia, no dia 10 de maio; ele estava em casa, afastado face a um diagnóstico de depressão leve e retornaria ao trabalho nos próximos dias. O engenheiro foi promovido e sofria muita pressão na nova função, ainda em fase de adaptação. Já no outro dias, o auxiliar de promotoria do Centro de Administração e Transportes suicidou-se no interior de um caminhão do Ministério Público, em viagem para o interior. A informação é de que o servidor passava por problemas financeiros. Da mesma organização, um motorista tentou matar-se, mas foi impedido por pessoas que passavam no local.
Pesquisa do Ministério Público mostra que 77,2% do pessoal sofreu de algum constrangimento emocional, enquanto 50,1% dizem ter sido vítimas de assédio moral e 6,7% asseguraram ter pensado em se matar. Os dados comprovam o aumento do risco de adoecimento psicológico, no percentual de 85%. O Procurador-geral, Mário Sarrubo, informa que em apuração constatou-se que os servidores eram respeitados e queridos e que as mortes não ocorreram por problemas do trabalho. O Procurador não nega a existência de assédio, porquanto são 2.035 promotores e procuradores e 5.931 servidores, mas as denúncias são sempre apuradas. A matéria é do jornal Folha de São Paulo.
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