O Procurador-geral da República, Augusto Aras, que gozou de total confiança do ex-presidente Jair Bolsonaro, permaneceu no cargo por dois períodos, desde 2019, escolhido fora da lista pelo ex-presidente, tenta perenizar na Procuradoria com a busca junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para mantê-lo na função. Sua campanha passa pelas redes sociais e pelos bastidores do Ministério Público. O trunfo do chefe do Ministério Público situa-se no posicionamento contra a Operação Lava Jato, para agradar a Lula. Aras já convenceu o PT, principalmente na Bahia, com o apoio do senador Jaques Wagner e o chefe da Casa Civil, Rui Costa, que desenvolvem ações para Aras prosseguir pelo terceiro mandato consecutivo, incomum na Procuradoria. Ainda não se sabe se o presidente da República vai sacramentar o intento de Aras, mas a sinalização de que não vai considerar a lista tríplice, elaborada pelas entidades de classe, anima o Procurador, mesmo porque ele nunca foi escolhido pela classe a qual pertence.
A Associação Nacional dos Procuradores da República, em escolha no dia 21 de junho, elegeu Luiza Frischeisen, a mais votada com o total de 526 votos, Mario Bonsaglia e José Adonis Callou. São concorrentes de Aras, o subprocurador Paulo Gonet, defendido pelo ministro Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, do STF. O cargo é de suma importância para o presidente da República, porque é o personagem competente para questionar a constitucionalidade de leis, pedir intervenção federal, além de outras atribuições.
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