O corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, em Pedido de Providências, suspendeu os perfis, em redes sociais, de um juiz do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, sob fundamento de que o magistrado atua como coach, "expondo técnicas e meios para advogados obterem um desempenho melhor na tramitação de seus recursos". A Corregedoria vai avaliar se o juiz "busca autopromoção ou a superexposição de qualquer natureza, condutas proibidas pelo Código de Ética da Magistratura. O magistrado tem mais de 74 mil seguidores no Twitter, Youtube, Facebook e Linkedin. O ministro ainda disse que "a manifestação do pensamento e a liberdade de expressão são direitos fundamentais constitucionais dos magistrados, mas não são absolutos. Tais direitos devem se compatibilizar com os direitos e garantias fundamentais do cidadão, em especial com o direito de ser julgado perante um magistrado imparcial, independente e que respeite a dignidade do cargo e da Justiça".
O juiz investigado explicou sobre fórmula para diminuir o tempo de tramitação dos processos e aumentar a possibilidade de procedência dos pedidos, inclusive com maiores valores nos honorários. O CNJ ainda oficiou à presidência do TRF-2 para intimar o magistrado a fim de apresentar defesa prévia no prazo de 15 dias. Depois disso, o Plenário decidirá sobre a instauração de processo administrativo disciplinar. O juiz Erik Navarro Wolkart, terminou pedindo exoneração do cargo e vai dedicar à docência; escreveu carta para o desembargador Guilherme Calmon, presidente do TRF-2, externando sua gratidão e explicando as razões: "Hoje, é esse o chamado que encanta meu coração. A docência para milhares de pessoas, através da tecnologia disponível, tornou-se a forma mais eficiente de realização da minha missão".
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