O Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, criado, em 2019, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, encerraram suas atividades, de conformidade com decisão do Ministério da Educação, juntamente com o Ministério da Defesa. O programa autorizava a transformação de escolas públicas para o modelo cívico-militar, cabendo à administração aos militares. Com a medida 200 escolas, que aderiram ao programa, serão fechadas, segundo dados do Ministério da Educação e Cultura. O estado de Santa Catarina é o que tem mais dessas escolas, no total de 21, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 17 e Minas Gerais, com 15. O Censo Escolar aponta a existência de 178,3 mil escolas públicas. O fechamento dessas escolas acontecerá até o fim do corrente ano, na forma de ofício enviado aos secretários de Educação de todo o país, cuidando para que o encerramento aconteça "dentro da normalidade".
O encerramento das atividades dessas escolas permitirá desmobilização das Forças Armadas. Apesar das poucas escolas com este formato, os gastos, em 2022, foram de R$ 64 milhões, quase o dobro do que foi direcionado para implantação do Novo Ensino Médio de R$ 33 milhões. Não se tem diagnóstico sobre o aproveitamento dos alunos que frequentam essas escolas, mas sabe-se que o orçamento do MEC para elas triplicou entre os anos de 2020 e 2022. O certo é que o Programa tem sofrido muitas críticas, entre as quais a indicação de que o modelo teria que ser restrito às escolas das Forças Armadas.
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