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segunda-feira, 24 de julho de 2023

JEQUIÉ RETRATA A VIOLÊNCIA NA BAHIA

O município de Jequié, na Bahia, com 158 mil habitantes, retrata bem a violência que perdura em todo o estado da Bahia, inclusive na capital, em locais que não se registrava violência, como é o bairro da Graça. As facções criminosas lutam entre si o o governo não tem mostrado competência para dirimir o conflito que atinge toda a população de Jequié. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicado na semana passada, mostra Jequié como a cidade, em todo o Brasil, com a maior média de mortes violentas, considerando a população de 2022; foram 88,8 mortes para cada 100 mil habitantes, perfazendo o total de 141 assassinatos. 

O crime cresceu no município com o tráfico de drogas, dominado pelo traficante Sandro Santos Queiroz, conhecido por Real, vinculado ao Comando Vermelho. Houve dissidência deste grupo para o Primeiro Comando da Capital, PCC, e daí a guerra tomou conta do município. No ano de 2020, foram registradas 57 mortes violentas, em 2021 subiu para 85 e em 2022, 141 mortes. Os assassinatos são determinados pelos líderes presos na penitenciário da cidade, através de comunicações dos chefes das quadrilhas. Segundo o chefe da Coordenadoria Regional de Polícia do município, "mais de 90% das mortes são execuções ligadas ao tráfico. Em geral, de dois a quatro homens que chegam nos bairros para cumprir as ordens, retirar os alvos das casas e os executam na rua".   



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