O advogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomará posse como o mais novo ministro do STF, ocupando a vaga deixada pelo ministro aposentado Ricardo Lewandowski. Cristiano Zanin enfrentará duas dificuldades para julgar os casos que envolverem o presidente e as demandas da Lava Jato. Todavia, não será surpresa se figurar como julgador, sem declarar sua suspeição ou impedimento, porque seus colegas, sem o menor constrangimento, passam por cima da lei, Código de Processo Civil e Código de Processo Penal, e julgam, independentemente da clara suspeição ou impedimento. Lula não escondeu seu grau de amizade com Zanin, quando, no mês de março, tratou o advogado como "amigo e companheiro", mas quando o nome foi aprovado pelo Senado mudou o discurso para dizer que "nunca indicou um amigo para o Supremo".
Os ministro Dias Toffoli, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Gilmar Mendes, escolhido pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, originaram-se da Advocacia-Geral da União, Alexandre de Moraes, indicado pelo presidente Michel Temer, adveio do ministério da Justiça e André Mendonça, apontado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, ocupou os dois cargos, Advocacia-Geral e ministério da Justiça. Zanin é bem próximo do presidente e advogou nos casos pessoais contra Lula pelo cometimento do crime corrupção. E mais: tem sido costume dos ministros manifestar sobre processos em andamento na Corte dos quais, posteriormente, estarão julgando, violando de cheio a Lei Orgânica da Magistratura.
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