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segunda-feira, 14 de agosto de 2023

EMPRESAS INUNDAM O MERCADO COM CURSOS DE MEDICINA

A Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior, SERES, não sabe informar quantos processos de abertura de cursos de medicina foram iniciados, através de liminares, sendo que o STF, através de liminar do ministro Gilmar Mendes, determinou interrupção de todos eles. O Ministério da Educação mostra-se sem entender como cumprir decisão do ministro Gilmar Mendes, determinando a interrupção, e assegurando que os novos cursos devem seguir as regras do programa Mais Médios, de 2013, com o modelo de chamamentos públicos; a manifestação ainda não foi ratificada pelo colegiado. Os denominados chamamentos públicos dizem sobre os locais onde devem ser abertos os cursos para atender à falta de médicos. Essa sistemática foi suspensa em 2018, para abertura de novos cursos. É que as empresas tem vivo interesse em inundar o mercado com cursos de medicina, vez que cada cem vagas importa em R$ 200 milhões, face às altas mensalidades.     

O atual governo publicou, em abril, portaria, onde manda seja retomado o modelo de chamamentos, todavia, ainda não houve a publicação dos editais. Nesse período, surgiram inúmeras liminares para obrigar o MEC a abrir novos cursos de Medicina. Só no mês de março o total de pedidos, com liminares concedidas, ultrapassou a 223. Isso resulta em 32.051 novas vagas, além de novos requerimentos, 22. O total de médicos no Brasil, atualmente, é de 502.475, e a média de profissionais por mil habitantes situa-se em 2,4, bem próximo do registrado em países ricos. O problema é que a maioria desses profissionais estão no Rio de Janeiro, 3,7 por mil, enquanto no Maranhão, 0,8 por mil habitantes.       



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