O Módulo lunar da Índia desceu na superfície do satélite, às 9h33 de hoje. A missão histórica Chandrayaan-3, lançada em 14 de julho, pousou, de conformidade com a previsão, e pela primeira vez, no polo sul lunar, região inexplorada, localizada no lado escuro da Lua. O momento é histórico, porque Estados Unidos, Japão, China e Israel tentaram descer nesse local e todas as missões falharam. O último país que se viu frustrado com a investida foi a Rússia, com a missão Luna-25, que espatifou na Lua. O polo sul, onde a Chardrayaan-3 desceu, possui terreno traiçoeiro com grandes crateras e encostas íngremes, além de não receber luz solar, levando as temperaturas de -203ºC. Os indianos buscam esta região, porque na primeira tentativa em 2008, foi detectada a presença de água. O professor de robótica espacial da Universidade Shiv Nada University, Akash Sinha diz que "ainda precisamos de muito mais detalhes sobre onde e quanta água existe, e saber se toda ela está congelada".
O objetivo da Índia prende-se também a gastar menos; e está conseguindo, porque nesta missão despendeu pouco mais de US$ 80 milhões, enquanto na anterior de 2019, que não deu certo, provocou o desembolso de US$ 140 milhões. O ex-presidente da Organização Indiana de Pesquisa Espacial K. Sivan disse "que a viagem desta manhã será mais barata porque o módulo deve usar a atração gravitacional da Lua para levar a nave à órbita lunar".
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