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sábado, 12 de agosto de 2023

ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA E JAIR BOLSONARO

A Polícia Federal classificou de organização criminosa a ação dos ex-ajudantes de ordens da Presidência, formada por Mauro Cid e Osmar Crivelatti, além do pai de Cid, general da reserva Mauro Lourena Cid. Os agentes informam que o grupo buscava "gerar o enriquecimento ilícito" do ex-presidente e movimentou R$ 1 milhão, com a venda dos itens, segundo relatório da Operação Lucas 12:2; esclarece que os ex-ajudantes utilizavam aeronaves da FAB para transferir presentes destinados a Bolsonaro para fora do país e negociavam em lojas de leilão ou em lojas de penhores. Foi o caso de um relógio Patek Phillipe e um Rolex, este readquirido pelo advogado de Bolsonaro, Frederico Wassef, para atender à exigência do Tribunal de Contas da União. O produto da venda era depositado nas contas dos Cid, pai e filho, e estes sacavam o dinheiro para entregar em espécie a Bolsonaro.   

Está escrito no relatório da Polícia Federal: "há fortes indícios de que os investigados utilizavam a estrutura do Estado brasileiro para desviar de bens de alto valor patrimonial entregue por autoridades estrangeiras ao Presidente da República ou agentes públicos a seu serviço, e posterior ocultação da origem, localização e propriedades dos valores provenientes, com o intuito de gerar o enriquecimento ilícito do ex-Presidente da República Jair Bolsonaro".   

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, declara que Jair Bolsonaro utilizou a estrutura do governo federal para desviar presentes de alto valor oferecidos a ele por autoridades estrangeiras, segundo relato da Polícia Federal. Diz mais o ministro: "o Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência, ter sido utilizado para desviar, para o acervo privado do ex-presidente, presentes de alto valor, mediante determinação de Jair Bolsonaro". Os cálculos indicam que três itens atingiram "o valor de R$ 900 mil, sendo R$ 588 mil de um kit de joias com relógio da marca Chopard, que foi colocado a venda em uma leiloeira de Nova Iorque, mas que não chegou a ser comercializado, e R$ 333 ml de dois relógios, sendo um Rolex, que chegou a ser vendido, mas depois foi recomprado para devolução ao patrimônio público".   

 

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