Ex-integrantes da cúpula da Segurança Pública e do Ministério Público interferiram em investigações de interesses de desembargadores, processados na Operação Faroeste, sobre venda de decisões judiciais, na Bahia, segundo relatório da Polícia Federal. O documento, assinado pelo delegado federal Pacho Riva Gomes, em julho, enumera os participantes da organização criminosa. São citados um delegado da Polícia Federal, ex-Secretário de Segurança Pública da Bahia, nos governos de Jaques Wagner e Rui Costa e a chefia do Ministério Público do Estado. Posteriormente, o delegado Maurício Barbosa foi exonerado, em 2021, e a denúncia contra ele ainda não foi apreciada.
A acusação contra Barbosa é sua atuação a favor de desembargadores, vinculados a Adailton Maturino, empresário conhecido por "falso cônsul", e participante efetivo da Operação Faroeste. O relatório da Polícia Federal anota a aproximação de Maturino com desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia na grilarem de terras em Formosa do Rio Preto, na divisa com o Piauí. Foram lançadas duas Operações na disputa de terras do Oeste: Faroeste e para enfrentar as investigações desta, a outra Operação denominada de Oeste Legal. Uma terceira Operação, chamada de Immobilis, foi deflagrada, em 2016, pelo Ministério Público contra Adailton Maturino e sua esposa, Geciane, antes portanto da Faroeste, de 2019. Desembargadores e implicados na Operação Faroeste foram presos, com denúncia recebida e processos em fase de julgamento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário