Há promessas dos Procuradores da República de recorrer da decisão que anulou provas, consistentes, inclusive em acordos de leniência da Odebrecht, por exemplo. No STF não vai ser fácil reverter a decisão, pois a maioria dos ministros rezam pela cartilha enviezada do presidente atual que atualmente comanda o país, o homem responsável pela maior corrupção já registrada no Brasil. Aliás assim tem sido, os ministros estão sempre colados com o presidente do momento. Pelo anseio de Toffoli, juízes e procuradores que atuaram na Lava Jato, poderão ser punidos, apesar das dificuldades para condenações penais, face às provas serem geradas de violação do sigilo de juízes e de procuradores, através de trabalho de um hacker para iniciar o desmantelamento da Lava Jato. Junto aos Procuradores, a Associação dos Juízes Federais, certamente, encontrarão caminho para ao menos questionar o sonho tornado realidade de Toffoli e de Lula. O presidente, que recusou em indicar um dos candidatos de Toffoli ao STJ, passará a considerar de outra forma novas recomendações, pois o arrependimento do ministro perante Lula foi concretizado, talvez, em dose superior.
A decisão de Toffoli é grande contribuição para depreciar o sistema judiciário brasileiro, porquanto muitas das manifestações do então juiz Sergio Moro, foram revalidadas por colegiados, inclusive o STJ e, alguns casos, no próprio STF, com participação de Toffoli, a exemplo da proibição de Lula visitar o irmão falecido ou de que, em certo momento, em 2018, ter afirmado que a prisão de Lula obedeceu à Constituição. Não se avalia o constrangimento de pessoas sensatas com a leitura da catilinária de Toffoli. O constrangedor despacho de Toffoli mostra que o STF julga e "desjulga", sem respeitar a coisa julgada. Como pode depois de tudo isso, aparecer o ministro com despacho, em mais de quarenta folhas, para dizer que a prisão de seu "padrinho" tornou-se "um dos maiores erros judiciários da história"!
Assim tem sido o STF. Quem não se lembra do vai-e-vem, no caso da prisão depois de decisão de 2ª instância, e depois o retrocesso para prisão somente após o trânsito em julgado? E a barafunda das absolvições do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira? E o processo do ex-presidente, Fernando Collor, que já foi condenado pelo próprio STF, mas a prisão não acontece? Enfim, em uma infinidade de "desjulgamentos" que se passa a descrer na Justiça.
Salvador, 8 de setembro de 2023.
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