Dois servidores da Agência Brasileira de Inteligência, alvos de investigações da Polícia Federal, foram demitidos, depois de constatada suas participações como sócio de representantes da empresa Icciber/Cerbero, de um pregão aberto pelo Comando de Defesa Cibernética do Exército. Em Nota o governo diz que "o pregão tinha por objeto a aquisição de solução de exploração cibernética e web intelligence capaz de realizar coleta de dados e diversas fontes da internet". Os dois servidores violaram normas, porque atuavam em empresa privada, juntamente com o serviço público, desrespeitando a dedicação exclusiva. Eduardo Izycki e Rodrigo Colli foram presos na sexta-feira, 20, suspeitos de coagir servidores da ABIN para evitar a demissão. A Polícia Federal cumpriu 25 mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva em São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Goiás e Distrito Federal.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou o afastamento de Paulo Maurício Fortunato Pinto e de outros servidores dos cargos que ocupavam na ABIN. Fortunato é o terceiro na administração da ABIN. A Polícia Federal busca aprofundar sobre o uso ilegal, no governo Bolsonaro, de sistema secreto de monitoramento de celulares contra jornalistas, políticos e adversários do ex-presidente. Foram identificados uso do software investigado por 33 mil vezes, das quais 1.800 direcionadas para políticos, jornalistas e adversário do governo anterior.
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