sábado, 21 de outubro de 2023

ABIN MONITORAVA ADVERSÁRIOS DE BOLSONARO

Dois servidores da Agência Brasileira de Inteligência, alvos de investigações da Polícia Federal, foram demitidos, depois de constatada suas participações como sócio de representantes da empresa Icciber/Cerbero, de um pregão aberto pelo Comando de Defesa Cibernética do Exército. Em Nota o governo diz que "o pregão tinha por objeto a aquisição de solução de exploração cibernética e web intelligence capaz de realizar coleta de dados e diversas fontes da internet". Os dois servidores violaram normas, porque atuavam em empresa privada, juntamente com o serviço público, desrespeitando a dedicação exclusiva. Eduardo Izycki e Rodrigo Colli foram presos na sexta-feira, 20, suspeitos de coagir servidores da ABIN para evitar a demissão. A Polícia Federal cumpriu 25 mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva em São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Goiás e Distrito Federal. 

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou o afastamento de Paulo Maurício Fortunato Pinto e de outros servidores dos cargos que ocupavam na ABIN. Fortunato é o terceiro na administração da ABIN. A Polícia Federal busca aprofundar sobre o uso ilegal, no governo Bolsonaro, de sistema secreto de monitoramento de celulares contra jornalistas, políticos e adversários do ex-presidente. Foram identificados uso do software investigado por 33 mil vezes, das quais 1.800 direcionadas para políticos, jornalistas e adversário do governo anterior.   

 

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