A proposta do Ministério da Educação em permitir graduações em Direito, Enfermagem, Odontologia e Psicologia à distância encontra forte oposição dos conselhos representativos das classes, defendida pelas instituições particulares. A OAB, os Conselhos Federais de Enfermagem, Psicologia e Odontologia publicaram nota conjunta contra a medida e criticando a intenção do MEC em autorizar cursos nestas áreas à distância. O MEC vai abrir consulta pública sobre o tema. Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, INEP, em 2020, primeiro ano da pandemia, o número de matriculados nos cursos à distância foi superior aos presenciais. O MEC teme pelo "fenômeno de migração de cursos presenciais para cursos de EAD".
"A OAB tem reiterado ao MEC sua preocupação com a grande quantidade de cursos de Direito de má qualidade e, nesse contexto, se posiciona contra a liberação de cursos a distância, que não atendem às necessidades para a boa formação dos estudantes", segundo alega o presidente Belo Simonetti, presidente da OAB Nacional. No mesmo sentido há posicionamentos dos representantes dos cursos de Enfermagem, Psicologia e Odontologia. Relatório de 2015 do Conselho de Enfermagem, através de 118 fiscais em 315 polos de apoio presencial dos cursos à distância constatou situação "estarrecedora", porque muitos não contavam com laboratórios, bibliotecas ou condições mínimas de apoio.
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