Os dois ministros indicados por Jair Bolsonaro para o STF tem-se destacado por posicionamentos completamente divergentes da maioria dos outros ministros. Nunes Marques acaba de suspender quebra de sigilos fiscal, bancário, telefônico e telepático do ex-chefe da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, protegido do ex-presidente Bolsonaro. A medida foi requerida pela CPMI de 8 de janeiro e Vasques foi acusado de uma série de arbitrariedades no exercício do cargo, inclusive do bloqueio de veículos conduzindo eleitores para a votação da eleição presidencial, em claro favorecimento para Bolsonaro. O ministro tem promovido vários atos para esvaziar a Comissão, inclusive com dispensa de pessoas convocadas para depor.
Nunes Marques argumentou que a justificativa para a quebra do sigilo de Vasques sustentou-se em motivações genéricas e amplas, sem especificar condutas a serem apuradas e alegou que não existem situações concretas de relacionamento do ex-diretor da Polícia Rodoviária com o vandalismo do 8 de janeiro, em Brasília. O deputado Arthur Maria assegurou que a comissão já entrou em contato com a Advocacia-geral do Senado para recorrer. Anteriormente, a Comissão recorreu de outra decisão de Nunes Marques que não alterou a decisão nem encaminhou o recurso para o Plenário do STF.
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