A Operação Mensageiro, iniciada em 2022, levou para o banco dos réus 16 prefeitos no estado de Santa Catarina. Ela passou por quatro fases, entre dezembro/2022 e abril/2023 e todos esses prefeitos, em algum momento deste período, foram presos, enquanto alguns continuam detidos, outros renunciaram ou tiveram o mandato extinto. A Operação, conhecida como "Lava Jato de Santa Catarina", foi deflagrada pelo Ministério Público local e apontou pessoas vinculadas ao Grupo Serrana responsável por pagamentos de propinas a funcionários públicos e políticos, visando êxito em licitações para celebrar contratos de serviços de coleta, transporte e destino de lixo. As investigações mostram que o esquema funcionou entre os anos de 2014 a 2022, quando foi descoberto.
Alguns prefeitos firmaram acordos de delação premiada, devidamente homologados pela Justiça, mas estão sob sigilo. O esquema de corrupção alastrou-se por quase 150 municípios. Até o momento a Operação tem incriminado pessoas físicas e os contratos das pessoas jurídicas continuam ativos. Nas quatro fases da Operação foram cumpridos 200 mandados de busca e apreensão e 40 de prisão preventiva. A primeira fase da Operação teve início em dezembro/2022, depois de mais de um ano de investigação. Já foram quebrados sigilos telefônicos, telepáticos, bancário e fiscais, além de bloqueio de bens de investigados. No grupo apresentou-se um delator da Serrana, ex-funcionário da empresa, que declarou fazer viagens para entregas dos envelopes com dinheiro. Outros funcionários da empresa tornaram-se delatores e havia planilhas de Excel que controlava a contabilidade das propinas.
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