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terça-feira, 31 de outubro de 2023

PROCURADORIA QUESTIONA MINISTRO COMO ASSISTENTE

A Procuradoria-geral da República recorreu ao STF contra a inclusão do nome do ministro Alexandre de Moraes como assistente de acusação no inquérito das alegadas hostilidades contra sua família, no aeroporto de Roma, em julho. O pedido de inclusão de Moraes foi formulado pelo amigo, ministro Dias Toffoli, mas a Procuradoria alega que o ingresso de integrante da Corte como assistente não é admissível, "sem que exista sequer acusação formulada". Diz mais a Procuradoria: há "privilégio incompatível com os princípios republicanos da igualdade, da legalidade e da própria democracia".  

A Procuradoria questiona também a imposição de restrições ao aceso do vídeo de circuito interno do aeroporto, na Itália. Na petição está escrito: "Essa inusitada condição implica restrição ao amplo e irrestrito acesso à prova já analisada pela Polícia Federal, cujas constatações constam de relatório já formalmente documentado nos autos, e que tem o Ministério Público como destinatário". Todo o imbróglio foi criado porque o ministro, em viagem com sua família pela Itália, no mês de julho, alegou agressão ao seu filho. São implicados nessa barafunda do ministro uma família que fazia viagem de turismo pela Itália. Aliás, os italianos já informaram que não houve agressão ao ministro e à sua família.     

O que chama a atenção dessa simples ocorrência é que, desde julho, policiais federais, ministros, advogados e inúmeros assessores, envolvendo até prepostos do governo italiano, perdem tempo com apuração de insignificante vaia ao ministro.

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