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domingo, 12 de novembro de 2023

COLUNA DA SEMANA

Os ataques à população civil em Gaza continuam e o pior é que parece orquestrada a matança de crianças palestinas. Será que querem diminuir a população de palestinos com este genocídio? De uma forma ou de outra, os israelenses prosseguem em perseguição insensata contra os palestinos. Não se justifica o bombardeio de hospitais em busca do que alegam, os terroristas do Hamas. Em meados de outubro, o Hospital Baptista Al-Ahli, em Gaza, foi atacado, causando a morte de centenas de pessoas. Israel acusa radicais da Jihad Islâmica como autores da carnificina, mas a Jihad Islâmica nega qualquer responsabilidade. As autoridade palestinas e líderes de Estados árabes acusam Israel, que não para de disparar suas potentes armas contra os palestinos. Na sexta-feira, 10, novos ataques a hospitais no norte de Gaza; não se concebe que tenha sido prática dos próprios palestinos. O pretexto dos israelenses é de que o grupo radical islâmico esconde nos hospitais, mas não há justificativa para o intenso bombardeio. Desta vez, os israelenses não se desculparam, pois os bombardeios foram seguidos de tanques israelenses, cercando o local e impedindo a saída de pessoas, que pediram ajuda à Cruz Vermelha. Nessa guerra, mais de 100 funcionários da ONU foram mortos na Faixa de Gaza, tornando-se o maior número desde a criação da ONU, em 1945; entre as vítimas estão professores, psicólogos e médicos. As mortes entre os palestinos já chegam perto de 11 mil de mortos e os israelenses tiveram muito pouco baixa, resumindo praticamente nos atacadas pelos terroristas do Hamas no 7 de outubro, quando iniciou a guerra. 

Mas como é a Faixa de Gaza? É território palestino com 41 quilômetros de comprimento por 6 a 12 quilômetros de largura e área de 365 quilômetros quadrados, equivalente a cidade de Belo Horizonte. A população da Faixa de Gaza é de 2.4 milhões de pessoas, entre refugiados palestinos e boa parte de pessoas nascidas na área. Esses refugiados são os fugitivos de Gaza, no êxodo palestino, depois da guerra árabe-israelense de 1948. Por outro lado, a taxa de crescimento demográfico anual, torna a Faixa de Gaza como a sétima maior de todo o mundo, 3,2%. Além de densamente povoada, a área passa por dificuldades de água e não possui indústrias. O fim da guerra de 1948, confirmou as fronteiras da Faixa de Gaza, de conformidade com Acordo de Armistício entre Israel e Egito em 24 de fevereiro de 1949. A Faixa de Gaza foi administrada pela Liga Árabe, em setembro de 1948, mas a dissolução desse governo, em 1959, provocou um governo militar egípcio, até 1967. Nesse ano, com a Guerra dos Seis Dias, Israel ocupou a Faixa de Gaza, mas em 1993, a Autoridade Palestina passou a administrar a área; Israel, entretanto, manteve o controle do espaço aéreo, das águas territoriais e das fronteiras com o Egito, exercendo intensas restrições sobre os palestinos em seu território, em Gaza. Em 2005, o governo israelense retirou do território, até então ocupado.   

A partir de julho de 2007, depois das eleições parlamentares palestinas de 2006 e da Batalha de Gaza, o Hamas controla de fato a administração da Faixa. Israel tem bombardeado diária e intensamente essa área; assim procedeu em 2008, 2021, 2014, 2021 e 2023. O governo de Israel promete ocupar a Faixa de Gaza e não devolvê-la aos palestinos. 

Salvador, 12 de novembro de 2023.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.

  


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