Dois dias após os ataques à Praça dos Três Poderes, 10 de janeiro, o ex-presidente Jair Bolsonaro compartilhou no Facebook com entrevista de um procurador do Estado de Mato Grosso do Sul, constando mensagens que questionam o resultado e a validade das eleições de 2022, além de desinformação. Duas horas depois, o ex-presidente apagou todo o vídeo e disse ter perdido. Os advogados de Bolsonaro declararam que ele estava sob efeito de remédios. Nos autos do Inquérito 4921, o ministro Alexandre de Moraes determinou que a Meta, empresa controladora do Facebook, juntasse o material aos autos do inquérito, mas foi informado de que não possuía mais o conteúdo e não tinha condições de recuperá-lo. O Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos do Ministério Público conseguiu recuperar toda a gravação que estava no relatório técnico da Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise do órgão.
O subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, pede autuação de todo o material, além da apuração da conduta do ex-presidente e da Meta. Escreveu na petição: "Com a remessa do relatório, o vídeo e as informações relativas à postagem ficam juntadas aos autos do Inquérito 4921, que investiga a incitação aos atos antidemocráticos".
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