quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

APURAÇÃO DE CRIME SERÁ ABUSO DO STF?

Um grupo de 25 deputados bolsonaristas resolveram caracterizar decisão judicial como "abuso" praticado pelo STF. Em protesto, os rebeldes parlamentares preferiram solidarizar com o deputado Carlos Jordy, face á busca e apreensão, requerida pela Polícia Federal, deferida pela Justiça, na residência e no gabinete, do deputado, realizada na semana passada.

O parlamentar, que seria substituído por outro colega neste novo período legislativo, foi reconduzido à liderança da oposição. Os bolsonaristas reclamam manifestação do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, apesar das provas apresentadas pela Polícia Federal contra Jordy, constituídas de mensagens na internet e outros documentos apreendidos. Os bolsonaristas entendem que defender o infrator é proteger a instituição. O deputado é investigado pelo incentivo aos atos antidemocráticos do 8 de janeiro e foi alvo da Operação Lesa-Pátria e terá de responder pelos erros cometidos.   

O investigado, na reunião convocada, com a presença dos bolsonaristas afirmou: "Tem como objetivo estudar a estratégia para lidarmos com esses abusos - que aumentarão de tamanho - e ações no âmbito do Legislativo para dar uma resposta ao STF". Jordy afirma que nunca atuou nos atos do 8 de janeiro, mas é vítima dele "uma ação assustadora da Polícia Federal na sua casa...". O deputado declarou que ação semelhante só ocorre em ditaduras. Falou: "Somente em ditaduras líderes da oposição são perseguidos. Par incriminar, sei lá, o presidente Bolsonaro. Querem dizimar a oposição. Não sou bandido".

O deputado, certamente, omite sua participação na tentativa de golpe, sob liderança de seu "presidente". As arruaças do dia 8 de janeiro teve evidente participação de bolsonaristas inclusive do parlamentar, de conformidade com documentação e orientações para os arruaceiros, exibida pela Polícia Federal. Outras autoridades estão sendo investigadas e a cada momento aparecem os bolsonaristas para considerar a ação policial como perseguição, porque autores da depredação dos prédios dos Três Poderes, ação semelhante a desenvolvida pelos seguidores do ex-presidente Donald Trump.  

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