O titular da Delegacia de Repressão Imaterial do Rio de Janeiro foi condenado a reclusão por novo anos e sete meses e perda do cargo público, pelo juízo da 1ª Vara Criminal Especializada. Ele está preso desde 2021, acusado de cobrar propina no exercício do cargo, montar falsos dossiês para incriminação de autoridades e impedir investigações sobre as suas atividades. Está escrito na sentença: "O acusado implementou uma insaciável e perversa exposição pública de seus alvos, em especial delegados de polícia, por meio de intensa divulgação na mídia (por ele fomentada) de narrativas marcadas por falsas acusações de crimes A desconstrução pública da imagem de pessoas, em especial pelo uso de grandes meios de comunicação, traduz em consequência de superlativa danosidade que, certamente, é impossível de ser restabelecido ao status anterior ao ilícito".
Na decisão, o julgador expõe a vida de luxo do delegado: "Foram colhidas provas de que o delegado de polícia externa um padrão de riqueza altíssimo, inclusive muito superior ao que a remuneração (exclusiva) da sua atividade lícita lhe permitiria. São inúmeros os registros de gastos altíssimos com o aluguel constante em mansões em Angra, utilização rotineira de lanchas e jetski, viagens internacionais constantes (em classe executiva), proprietário de diversos carros blindados de altíssimo padrão, assim como residência fixada em imóvel luxo. Além disso, o acusado possuía valor (centenas de milhares de reais) em espécie em sua casa, objeto de apreensão. Vida abastada que o próprio acusado resume como sendo uma "vida de mensaleiro".
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