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sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

ISRAEL PODERÁ SER CONDENADA POR GENOCÍDIO

A Corte Internacional de Justiça, sediada em Haia/Holanda, a mais alta instância judicial das Nações Unidas, anunciou hoje, 26, decisão cautelar no processo movido pela África do Sul, buscando respeito aos limites da lei nas operações militares de Israel em Gaza. A Corte presta-se para julgar Estados, mas os 15 juízes ainda debaterão sobre o mérito da ação para definir se Israel cometeu o crime de genocídio contra os palestinos, na forma da convenção de 1948. Os israelenses questionaram a competência de Haia no caso, mas os magistrados caminham para apreciar o cometimento do crime de

genocídio por Israel, depois de bombardear por 111 dias a Faixa de Gaza, com muitas mortes de mulheres, crianças e idosos. Os israelenses continuam afirmando que exerceu o direito legítimo à defesa, face aos ataques do Hamas no 7 de outubro. O governo israelense ainda diz que as mortes dos civis constituem efeitos do alvo principal e não determinação de exterminar com um povo.   

A decisão da Corte não impede Israel de continuar com os ataques, porquanto não possui competência para forçar os agressores a suspender com o morticínio. Israel continua afirmando que os ataques fratricidas obedecem aos limites da lei da guerra, apesar de ter havido reparos até mesmo do governo americano que é parceiro de Israel, acerca das brutalidades praticadas. O certo é que as dificuldades do acesso das vítimas à ajuda humanitária continua, os deslocamentos contínuos e massivos da população têm sido uma constante. Não se compreende como perseguir o inimigo, exige a passagem pelos cadáveres de milhares de pessoas inocentes e sem forças para reagir. É o que está acontecendo em Gaza, quando os israelenses não se intimidam em matar 101 pessoas, porque um dos inimigos foi visto no grupo. E o mundo não possui uma saída apta a evitar tamanha atrocidade. 



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