O e-ministro José Dirceu, condenado em várias sentenças a penas que alcançam 32 anos, pela prática dos crimes de corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro, segue as pegadas de seu chefe e também pediu anulação de suas condenações. Dirceu comandou a Casa Civil, no primeiro mandato do governo Lula, e foi inicialmente penalizado no processo do mensalão; adiante, foi absolvido pela prática do crime de lavagem de dinheiro, através de contratos com empreiteiras UTC e Engevix. Acontece que, como Lula, Dirceu foi condenado através de decisões de juízes diferentes, mas confunde os julgadores para derramar sua queixa de perseguição no então juiz Sergio Moro. A defesa do ex-ministro pede ao STF para reconhecer, assim como no caso de Lula, parcialidade do ex-juiz Sergio Moro.
Tudo começou em 2021, quando o STF decidiu que Sergio Moro não foi imparcial ao conduzir investigações e julgar ações penais que atingiram Lula. A atuação do ex-juiz da Lava Jato, ícone da operação, foi considerada irregular, o que levou à anulação em série de decisões e sentenças contra o presidente. A decisão valeu apenas para processos envolvendo o petista. Entre os pontos levantados pelos ministros para questionar a conduta de Moro foram mencionadas decisões como ordem para condução coercitiva de Lula para ser interrogado pela Polícia Federal nos autos da Operação Alethea, 24ª fase da Lava Jato; o grampo no escritório de advocacia de Cristiano Zanin, que defende o ex-presidente; a obstrução ao cumprimento da decisão, tomada no plantão judiciário pelo desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, Rogério Favreto, que mandou soltar o petista em julho de 2018, quando ele estava preso em Curitiba, além de outros.
Os advogados sentiram a pendência dos ministros e o requerimento foi dirigido ao ministro Gilmar Mendes a quem é requerida a declaração de suspeição de Sergio Moro, tal como aconteceu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E pelo andar da carruagem nada vai sobrar da Lava Jato, pois os magistrados estão ávidos da aproximação com Lula que robustece essa proximidade com a nomeação de um ministro da Corte que aposentou a menos de um ano para tornar-se Ministério da Justiça.
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