Em reunião com entidades empresariais, Caputo afirmou que o aumento de impostos é "decisão passageira" até alcançar o "déficit zero". Explicou que "estamos tomando medidas que são desagradáveis e que vão contra nossas próprias convicções". O governador da província de Buenos Aires, Axel Kicillof, disse que as medidas do governo federal "colocam em risco o trabalho e a produção, complicando a vida de milhões de argentinos. Sabemos que esses planos de ajuste sempre são pagos pelos trabalhadores, pelos aposentados e pela classe média. Não aceitamos nenhum tipo de pressão". O professor de ciência política da Universidad de Buenos Aires, Miguel De Luca, surpreendeu com "a reação própria de alguém que não tem experiência política". Afirmou que a Lei Ônibus poderá ser reprovada pelos congressistas. O Secretário-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores nas Indústrias de Artefatos de Borracha da Argentina, Alejandro Crespo, declarou que as ameaças de Caputo e de Milei aos governadores constituem "expressão dos métodos deste governo para tentar aprovar a legislação antitrabalhadores e descarregar a crise sobre toda a população argentina".
sábado, 27 de janeiro de 2024
MILEI AMEAÇA GOVERNADORES
O presidente da Argentina não ficou satisfeito com a greve geral, do dia 24, e na quinta-feira, 25, anunciou retaliação às províncias que não apoiarem sua reforma econômica e trabalhista. A denominada "Lei Ônibus" será votada pelo Congresso, na próxima terça-feira, dia 30. Em reunião de gabinete, Javier Milei declarou: "Vou deixá-los sem um peso, vou derreter todos eles". A greve reuniu milhares de pessoas na Plaza Congreso, em Buenos Aires, atendendo convocação da Confederación General Del Trabajo de la República Argentina. O presidente, para facilitar aprovação de seus decretos, retirou 141 dos 664 artigos da "Lei Ônibus". A lei limita o direito de greve, modifica o financiamento sindical, valoriza o livre mercado, além de regular os aluguéis e privatização de estatais. Luis Caputo, ministro da Economia do governo, assegurou que não se trata de uma ameaça, porque "é a confirmação que vamos cumprir com o mandato que nos foi concedido pela maioria dos argentinos de equilibrar as contas fiscais para terminar com décadas de inflação e flagelo econômico".
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