PUTIN É DESAFIADO

Maria Andreyeva, esposa de um soldado russo, convocado para a guerra contra a Ucrânia, fez severas críticas ao ditador Vladimir Putin, em demonstração de coragem, porque rara é a pessoa que desafia o dirigente russo sem receber penas, inclusive de morte. Ela reclama contra a continuação do marido no conflito; na sede da campanha eleitoral de Putin, ontem, 20, disse Andreyeva: "Há um decreto de Vladimir Vladimirovich Putin que diz que meu marido deve está lá, na Ucrânia. Estou interessada em saber quando ele emitirá um decreto que meu marido deve estar em casa". Uma mulher disse para a esposa do soldado que os russos na Ucrânia "estão defendendo a pátria e que ela deveria orar por eles". Andreyeva respondeu: Então, o que vem a seguir? O Ministério a Defesa já gastou todo o dinheiro, agora precisamos tirar tudo de nossos rapazes, tirar a última vida deles, para que voltem para nós como cotos? Eles vão me dar o coto? O que eu vou receber de volta? Um homem sem pernas, sem braços, doente? Vocês sabem o que estão acontecendo lá?"

Há uma organização, na Rússia, denominada de "Caminho de Volta", constituída de esposas de soldados, que promovem campanha para retorno dos soldados do front da guerra. Andreyeva destacou o sofrimento da filha com a "ausência do pai. Todos os problemas da minha família só podem ser resolvidos com uma coisa: a desmobilização do meu marido. Porque ela é uma criança completamente diferente quando o pai volta para casa". No lado oposto, e como dependentes de Putin o Judiciário e o Legislativo apoiam a guerra, que tem uma finalidade: obter senão toda a Ucrânia, ao menos parte de seu território. Os legisladores deverão aprovar projeto de lei que "permite o confisco de dinheiro e propriedade de pessoas que espalham "informações deliberadamente falsas sobre as forças armadas do país".