Volodymyr Zelensky confessa a dificuldade que passa para enfrentar o poderoso exército russo, que já conquistou 17% do território ucraniano. A população da Ucrânia é de 44 milhões, em torno de um terço dos habitantes da Rússia, 144 milhões. Junto com a diferença de habitantes, a Rússia perdeu muito maior número de soldados do que a Ucrânia, nesses dois anos de guerra; fala-se em 40 mil russos mortos, mas os serviços de inteligência americano calculam que já morreram ou estão feridos 315 mil homens russos no conflito. Por outro lado, mais de 1 milhão de cidadãos da Rússia abandonaram o país depois da invasão e isso tem provocado posicionamento estúpido do ditador russo, recrutando prisioneiros e imigrantes para formar o Exército russo. Zelensky teme a "fadiga da Ucrânia", consistente na queda de apoio do público dos países ocidentais às Forças ucranianas. A Holanda e a Eslováquia reduziu ajuda à Ucrânia, com pacote ou com os aviões F-16 prometidos pelos holandeses. Na Europa, oito dos 27 países da União Europeia são contrários à continuidade da ajuda dispensada à Ucrânia.
O pior acontecerá se Donald Trump assumir a Casa Branca, quando, certamente, cortará apoio à Ucrânia, vez que sua aproximação com o ditador Vladimir Putin pode impedir qualquer movimentação para proteger a Ucrânia da invasão russa. Junto a isso, alguns países do Oriente Médio, da América Latina e da África são tendentes a apoiar Moscou. O grupo de mercenários denominado de Wagner tem dado todo apoio com militantes no front da guerra; trata-se de uma organização de todo tipo de gente, inclusive condenados, que atuam, mediante dinheiro, a favor dos russos.
Depois de dois anos, não se vê como e quando terminará o conflito, porquanto a Ucrânia reclama suas fronteiras, violadas pelos russos. Vladimir Putin declara que lutará pelo tempo que for necessário, sempre visando ocupar mais território da Ucrânia, pois não se vê outra motivação para o conflito deflagrado pela Rússia. As duas partes perdem com a guerra, pois a Rússia sente as dificuldades mediante o isolamento econômico, enquanto a Ucrânia sofre com as mortes e destruição de cidades.
Guarajuba/Camaçari/Ba, 7 de janeiro de 2024.
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