A Transparência Internacional divulgou na terça-feira, 20, a percepção da corrupção no Brasil. O Índice de Percepção da Corrupção de 2023, coloca o Brasil na 104ª posição, entre os 180 países analisados, obtendo 36 pontos, em média global de 43 pontos, média regional das Américas, 43 pontos, e média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, OCDE, 66 pontos. A Dinamarca foi o país mais bem classificado, 90 pontos, Nova Zelândia, 85 pontos e Noruega, 84 pontos. Os piores foram a Somália, 11 pontos, Venezuela, Síria e Sudão do Sul, cada um com 13 pontos, e Iêmen, 16 pontos. Diz a Transparência Internacional: "Os anos de Jair Bolsonaro na Presidência da República deixaram a lição de como, em poucos anos, podem ser desmontados os marcos legais e institucionais anticorrupção que o país levou décadas para construir. O primeiro ano do novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência deixa a lição de como é (e ainda será) desafiadora a reconstrução". Assegura que "o Brasil variou dois pontos e dez posições para menos no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2023". O órgão internacional esclarece que "o pilar de controle jurídico continua em situação crítica, negligenciando principalmente no resgate da independência do sistema de Justiça".
A Transparência Internacional divulga esses dados todos os anos, pela direção do órgão, sediado em Berlim. No âmbito do Executivo assegura que "a nomeação do advogado pessoal do presidente (Cristiano Zanini) para a primeira vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) foi na direção contrária da restauração da imagem de imparcialidade do principal tribunal brasileiro, atraindo vastas críticas que repercutiram inclusive internacionalmente". O órgão internacional censura "a escolha do novo procurador-geral da República, ignorando a lista tríplice votada pela categoria, rompeu com esta tradição que permitia mais transparência e impessoalidade na escolha da PGR e que foi inaugurada pelo próprio presidente Lula em seu primeiro mandado, mas que agora preferiu repetir o método de escolha política de Bolsonaro, cujos efeitos desastrosos ainda são sentidos no país". A Transparência Internacional serviu-se de "12 instituições distintas, que capturam as percepções da corrupção", para chegar à conclusão, sabida do povo brasileiro. Quem não gostou do trabalho da Transparência Internacional foi o STF que se apressou para interpelar o órgão.
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