A Associação dos Advogados, que congrega 70 mil filiados, através de seu presidente, declara sobre a impossibilidade de substituição do magistrado por robô. O presidente da entidade, bel. André Almeida Garcia, pugna por limites da robotização nas cortes. "Não pode substituir o humano de forma alguma, tem que ser um magistrado que dá a decisão final". Garcia diz da necessidade de atualizar o currículo dos curso de direito, face às transformações tecnológicas. Explica que a chegada da inteligência artificial é bem-vinda, visando racionalizar o trabalho de assessores e auxiliar os magistrados na decisão com melhor qualidade; afirma que o uso de robôs em tribunais superiores tem causado decisões inadequadas e idênticas. Garcia diz que "a área jurídica é muito tradicional, ela é conservadora por essência e assim deve ser, mas ela vai se adaptando ao tempo dela. As faculdades devem passar por transformação constantemente, inclusive absorvendo toda essa tecnologia em prol dos alunos. É possível adotar novas metodologias, colocar os alunos em situações mais práticas para que eles sejam melhores recebidos no mercado de trabalho".
Segundo o Conselho Federal da OAB, em 2022, o Brasil tinha 1 advogado para cada 164 habitantes, tornando o país com a maior proporção de advogados por habitante. Garcia declarou: "Observamos uma explosão de faculdades de direito, um aspecto preocupante em relação ao qual o Conselho Federal tem atuado, inclusive para que não não tenhamos profissionais formados, mas com uma qualificação inadequada para o exercício. Tem que tomar muito cuidado, porque já temos mais faculdades aqui do que em qualquer lugar do mundo". O presidente da Associação defende que seja sintético os memoriais que "devem ter no máximo três páginas".
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