O cidadão, em todo o mundo, tem sido influenciado grandemente, nos seus posicionamentos políticos, por publicações nas redes sociais, a maioria das quais com absoluta desinformação, responsáveis pelas distorções nas imagens dos líderes que se apresentam, sob o manto da mentira e da empulhação. Traçaremos, em linhas gerais, o que se passa nos Estados Unidos e no Brasil, sob as lideranças de dois homens públicos que não têm amor algum à verdade do que falam. Não se concebe o que se passa nos Estados Unidos, com a figuração do ex-presidente Donald Trump na dianteira das pesquisas eleitorais para a eleição do final deste ano; como não se entende motivação para projetar como líder, no Brasil, um cidadão completamente despreparado para o exercício de qualquer cargo público, mas ainda assim, tanto lá, como cá, conseguem apoio de grande parte do povo. Trump, nos Estados Unidos, e Bolsonaro, no Brasil, mostram o predomínio da desinformação sobre a verdade dos fatos. Enquanto, Donald Trump mente descaradamente, inventando fraudes eleitorais, na vitória de seu concorrente no último pleito, de 2022, seu pupilo, no Brasil, procede de forma semelhante para arquitetar parvoíces sobre o sistema eleitoral nacional, tentando, com essa artimanha, desacreditar a apuração dos resultados dos pleitos.
Donald Trump ocupou o cargo mais importante do país depois de amealhar dinheiro de procedência altamente duvidosa, como começam a mostrar os processos aos quais responde na Justiça americana; uma das condenações, fraudes financeiras, há poucos dias, no Juízo de Nova York, comprovada com sentença de que o ex-presidente "conspirou para manipular seu patrimônio líquido e ordenando-o a pagar multa de US$ 355 milhões", algo em torno de R$ 1,7 bilhão. Outras condenações virão, mas insuficientes para evitá-lo na disputa da principal cadeira presidencial. Os distúrbios pessoais de Trump originam-se de toda ordem, pois além de roubo do dinheiro público, é apanhado por abuso sexual e difamação, merecendo condenação de US$ 5 milhões. Processos complexos tramitam na Justiça americana, um dos quais com maior gravidade trata de sua determinação para funcionários apagarem vídeos, que entendeu comprometedores, ou na manipulação de documentos secretos, retirando dos arquivos governamentais e levando-os para sua residência. Envolveu-se o destemperado presidente em verdadeira conspiração para obstruir o funcionamento da Justiça na apuração de seus crimes.
Entre nós algo semelhante, acontece com a figura de um ex-deputado completamente apagado no decurso de 27 anos na Câmara dos Deputados, onde conseguiu aprovação de apenas dois projetos, durante todo este tempo. Esse homem, por acaso, sustentado na piedade do brasileiro, quando sofreu um atentado, em comício político, conseguiu ocupar o Palácio do Planalto. Aprimorou-se para conquistar a simpatia dos militares, nomeando mais de 6 mil para cargos civis e favorecendo-os em privilégios concedidos na Previdência Social. Aliás, o cientista político, William Nozaki, no livro "A Militarização da Administração Pública no Brasil: Projeto de Nação ou Projeto de Poder?", narra, apropriadamente, a militarização que aconteceu nos quatro anos do governo do capitão. De início, a chapa foi composta por um capitão, e um general e daí em diante os fardados descobriram a carreira política, consistente na candidatura de 6.775 militares a disputar a eleição, além do grande número deles cedidos para cargos civis no governo federal. Essa é uma das facetas do distúrbio do mandatário, quando comandou a Nação brasileira e insiste em atuar como líder.
Salvador, 21 de fevereiro de 2024.
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