O ex-presidente Jair Bolsonaro conseguiu levar milhares de manifestantes à avenida Paulista, em São Paulo, na tarde de ontem. Todavia, souberam comportar e respeitar as autoridades constituídas, principalmente, os ministros e o próprio STF, que não foram alvos das faixas e dos protestos. Bolsonaro prometeu defender-se das acusações de golpe de estado, como se ali fosse o lugar apropriado; na audiência, realizada na quinta-feira, o ex-presidente nada falou e, portanto, deixou passar oportunidade para apresentar sua versão dos crimes cometidos. A organização do ato não deixa de representar pressão ao STF pelas prisões e buscas que se efetivaram ultimamente, mas Bolsonaro imagina que a reunião de milhares de pessoas influenciará nos processos aos quais ele responde na Corte. Havia censura sobre os manifestantes acerca de apresentação de cartazes e faixas, porque a ordem era respeitar o STF e o Congresso, cenário que nunca foi cultuado por Bolsonaro.
Em outros eventos sempre apareceram cartazes e faixas enaltecendo a ditadura militar de 1964, assim como apoiando um golpe de estado no país. Aliás, o próprio Bolsonaro sempre negou a existência de ditadura no Brasil e já declarou favorável a "um regime de exceção", porque afirmava que "através do voto você não vai mudar nada nesse país". Em 2021, ele disse que "se tudo dependesse de mim, não seria este o regime que nós estaríamos vivendo. E apesar de tudo eu represento a democracia no Brasil". Se Bolsonaro for condenado pelo crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito e associação criminosa, ele poderá pegar pena de até 23 anos de prisão e ficar inelegível por mais 30 anos.
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