segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

ISRAEL DECLARA LULA PERSONA NON GRATA

O Ministério das Relações Exteriores do governo de Binyamin Netanyahu declarou hoje, 19, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como "persona non grata", face à sua manifestação comparando as ações de Israel na Faixa de Gaza com o Holocausto nazista. O chanceler de Israel Katz diz que "não esqueceremos nem perdoaremos". Ao embaixador do Brasil declarou: "Em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, diga ao presidente Lula que ele é persona non grata em Israel até que retire o que disse". O chanceler classificou o ato de Lula como "um ataque antissemita". Katz, em visita ao Yad Vashem, memorial sobre o Holocausto, na presença do embaixador brasileiro Frederico Meyer, disse: "Eu trouxe você a um lugar que testemunha, mais do que qualquer outra coisa, o que os nazistas e Hitler fizeram aos judeus, incluindo membros da minha família". 

A consideração de "persona non grata" implica em impedir a pessoa de entrar no país em viagem oficial. A relatora especial da ONU para os territórios palestinos ocupados, italiana Francesca Albanese, também recebeu a mesma "comenda" oferecida por Israel a Lula. Afinal, após o 7 de outubro, quando se deu o ataque da Hamas, com 1.400 pessoas mortas, os israelenses promoveram revides, consistentes em ataques mortíferos à Faixa de Gaza e Cisjordânia, deixando até agora mais de 29 mil mortos, entre mulheres, idosos, crianças e combatentes. Os israelenses não atacaram somente o Hamas, mas indistintamente matam a todos os residentes. Diante deste quadro o presidente brasileiro, acertadamente, classificou as agressões de Tel Aviv ao território palestino, como um genocídio, lembrando as ações de Adolf Hitler contra os judeus. Além de tudo isso e antes do 7 de outubro, Israel já vinha ocupando território palestino com os assentamentos, aumentados gradativamente.    

 

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