O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos, PERSE, "abriu margem para operação de lavagem de dinheiro de atividades ilícitas no país". Fiscais da Receita Federal estão fiscalizando, mas já se sabe que o valor declarado de desvio de recursos pelas empresas foi de R$ 17 bilhões, podendo chegar a R$ 30 bilhões, enquanto a estimativa era de R$ 4,4 bilhões. O ministro defende o corte do programa, porque está "servindo de estímulo a irregularidades". Câmara e Senado resistem em aprovar medida provisória do governo da renegação gradual que revoga o Programa. O presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira indispôs-se com o ministro Haddad, face a renúncia de receita tributária do benefício fiscal.
Lira, no discurso de retorno aos trabalhos, teceu elogios ao PERSE, assegurando que era uma conquista e criticando a decisão do governo de acabar com o programa. O presidente da Câmara exerce pressão para o presidente afastar Alexandre Padilha da Secretaria de Relações Institucionais. O problema é que o PERSE tem sido trampolim para fraudes e lavagem de dinheiro, perda de R$ 100 bilhões de arrecadação em cinco anos, segundo afirmou o ministro Haddad. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, a Confederação Nacional do Comércio e outras entidades engrossam o coro para a manutenção do PERSE.
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