O advogado Hariberto de Miranda Jordão Filho, 80 anos, teve seu registro na OAB/RJ suspenso por 90 dias, face ao pedido de expulsão de todos os judeus das presidências das comissões e da diretoria da entidade. O Instituto dos Advogados do Brasil, IAB, também suspendeu preventivamente o profissional como membro associado e foi aberto processo administrativo para analisar a conduta de Hariberto. O advogado, em discurso no IAB, no ano passado, disse que ficou indignado, porque foi denunciado pela Federação Israelita do Rio de Janeiro à OAB, pela manifestação no IAB. Hariberto pedia a identificação do judeu associado que entregou à FIERJ a gravação, visando expulsá-lo; ele disse ao presidente do IAB: "Vossa Excelência não pude fugir das exposições estatutárias e deve demitir, desde logo, todos os judeus presidentes das comissões e da diretoria que envergonha o Instituto, sionistas ou não, porque religiosos".
Sobre o silencio da entidade face à invasão da Faixa de Gaza, disse Hariberto: "É uma vergonha e agressão para o Instituto, há mais de 180 anos defensor da liberdade democrática, o silêncio da Comissão de Direitos Humanos durante do holocausto e limpeza étnica praticada pelas tropas israelenses sionistas contra os indefesos palestinos. O presidente (da comissão, Carlos Schlesinger) é judeu e deve ser removido de imediato". Hariberto, noutro momento, declarou que a FIERJ deveria ser fechada, porque "antidemocrática" e só reúne "fascistas, evangélicos e bolsonaristas, que nada têm a ver com o IAB". Falou que no instituo existem "verdadeiras quintas colunas de covardes judeus sionistas, que repetem as ações realizadas no passado por adoradores de Hitler na Alemanha nazista".
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