sexta-feira, 15 de março de 2024

BOLSONARO TRAMOU GOLPE

O ex-comandante do Exército, Freire Gomes prometeu prender o então presidente Jair Bolsonaro, se ele tentasse investir com golpe de Estado, segundo declaração do ex-comandante da Aeronáutica, Carlos Almeida Baptista Júnior, à Polícia Federal, no inquérito das milícias digitais. Declarou Baptista Júnior: "Depois de o presidente da República, Jair Bolsonaro, aventar a hipótese de atentar contra o regime democrática, por meio de alguns institutos previstos na Constituição (GLO ou estado de defesa ou estado de sítio), o então comandante do Exército, general Freire Gomes, afirmou que caso tentasse tal ato teria que prender o presidente da República". Enquanto os dois comandantes posicionaram-se contra o golpe, o comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, "colocou as tropas à disposição para discutir as minutas apresentadas por Bolsonaro". 

Freire Gomes ainda buscou convencer Bolsonaro a abandonar suas pretensões de estado de sítio e estado de defesa. O ex-comandante da Aeronáutica disse mais: "Em outra reunião dos comandantes das Forças com o então Presidente da República, o depoente deixou evidente a Jair Bolsonaro que não haveria qualquer hipótese do então presidente permanecer no poder após o término do seu mandato. Que deixou claro ao então presidente Jair Bolsonaro que não aceitaria qualquer tentativa de ruptura institucional para mantê-lo no poder". Baptista Júnior disse que Bolsonaro, após ouvir essa manifestação, "ficava assustado".  O depoimento de Baptista Júnior é semelhante ao do ex-comandante do Exército, general Freire Gomes. A eventual condenação de Jair Bolsonaro pela prática dos crimes investigados implica em pena de até 23 anos de prisão, além de inelegibilidade por 30 anos. 

A matéria foi extraída do jornal Folha de São Paulo.


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