A operação tem líderes em cada área; na gestão de fluxo e ativos ilícitos, a exemplo de lavagem de dinheiro, está Jorge Vinícius de Souza Santana Piano; no núcleo intermediário, atuam, como administradores dos negócios, o filho João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano e a esposa do deputado, Mayana Cerqueira da Silva. Outro núcleo denominado de "núcleo armado", que oferecem "segurança pessoal de Binho Galinha e seus familiares", é composto por militares. Todos esses detalhes estão enunciados na denúncia ministerial. Um assessor do deputado, Bruno Borges está preso. A loja Tend Tudo, em Feira de Santana, é acusada de ser encarregada de aquisição de peças de veículos de origem ilícita, prestando-se para "encobrir as suas ações ilícitas". Laudo da Polícia Federal acusa a loja de ter recebido créditos superiores a R$ 40 milhões, sem notas fiscais. Já foram cumpridos 10 mandados de prisão preventiva, 33 mandados de busca e apreeensão, bloqueio de R$ 200 milhões de contas bancárias dos investigados e sequestro de 40 propriedades urbanas e rurais, mais suspensão de atividades econômicas de seis empresas.
quinta-feira, 21 de março de 2024
DEPUTADO É ACUSADO DE CHEFIAR ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
Tramita na 1ª Vara Criminal de Feira de Santana ação penal contra o deputado estadual Kléber Cristian Escolano de Almeida, conhecido por "Binho Galinha"; o parlamentar é acusado, na operação "El Patron", como chefe de milícia na região de Feira de Santana. O Ministério Público descreve como se processa o esquema de receptação, contravenção do jogo de bicho, extorsão, agiotagem, lavagem de capital e outros crimes. A organização criminosa atua desde a década de 1990, quando foi constituída e o deputado assumiu a liderança em 2013, marca da morte do bicheiro Oldair José da Silva Mascarenhas, conhecido por Dainho, ex-sócio do parlamentar, este atuante até a presente data. "Binho Galinha" comanda a entidade "ParaTodos", prática do jogo de bicho, em Feira de Santana e cidade vizinhas. O Ministério Público aponta 13 pessoas com codinomes de "Macaco", "Vini", "Charuto", "Vaguinho", "Galego" e outros. O Ministério Público reclama R$ 700 milhões como danos morais coletivos, praticados pela organização criminosa.
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