O general da reserva Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, no governo Bolsonaro, confirmou ontem, 2, em depoimento à Polícia Federal, ter participado de reuniões, onde se discutiu os termos da "minuta do golpe". Seu depoimento, como testemunha, no qual ele respondeu a todas as indagações, só acabou às duas horas da manhã de hoje, sábado. O então vice-presidente da República, general Braga Neto, aborreceu-se com oficiais das Forças Armadas, porque não quiseram participar da tentativa de golpe. A Polícia Federal descobriu mensagens nas quais Braga Neto trata os comandantes do Exército e da Aeronáutica com frases indecorosas, porque recusaram aderir ao seu plano de golpe. O ex-vice-presidente tratou Freire Gomes como um "cagão". O depoimento do militar ocorreu na Operação Tempus Veritatis. O ex-presidente Jair Bolsonaro compareceu, no dia 22/2, à sede da Polícia Federal para prestar depoimento, mas manteve em silêncio; todavia, na manifestação na Avenida Paulista, realizada no domingo, 25, Bolsonaro não se poupou e disse ser alvo de perseguição política além de outras declarações que, inclusive, podem comprometer-lhe no processo.
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