domingo, 31 de março de 2024

MILHÕES DE MUNIÇÕES VENDIDAS IRREGULARMENTE

O Tribunal de Contas da União, em relatório, assegura que ao menos 2 milhões de munições, foram vendidas irregularmente no Brasil, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. As munições foram adquiridas com CPFs de menores de 18 anos, no total de 164 vendas, por pessoas falecidas, 6.669 munições, e sem informar o número de registro da arma, segundo dados do Sistema de Controle de Venda e Estoque de Munições, SICOVEM, usada pelo Exército. E mais: 30.409 munições foram liberadas para armas, consideradas perdidas ou furtadas e 267.993 destinadas a colecionadores. O jornal Folha de São Paulo, em novembro/2022, apontou uma organização criminosa, liderada por irmãos gêmeos no Maranhão, acusada de negociar 60 toneladas de munição no mercado ilegal. 

A Polícia Civil e a Promotoria do Maranhão demonstraram que a organização do Maranhão introduziu, entre 2020 e 2022, informações falsas no sistema do Exército, que controla a venda de munição do fabricante para estabelecimentos comerciais, lojistas e para o consumidor final; o Exército usa o SICOVEM para exercer essa atividade. As falhas desse órgão provoca a busca de "um sistema novo em 2021, ele não está finalizado. Falta pouco para temos um Sicovem com cruzamento de dados, a pessoa terá que entrar com o gov.br, e o CPF já vai ser buscado no site Receita", segundo assegurou o general Marcus Alexandre Fernandes, diretor de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército Brasileiro. A auditoria do Tribunal de Contas mostrou que 5.200 condenados pela Justiça conseguiram renovar ou manter o registro de CAC, caçador, atirador e colecionador.    

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