O funeral de Alexei Navalny, ex-líder da oposição ao governo russo, contou na manhã de hoje, com milhares de pessoas, apesar do temor de prisão pela Polícia do país, que inclusive, através do porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, alertou sobre sanções no caso de manifestação "não autorizada" durante o funeral. Dezenas de policiais foram destacados para atuar em eventuais protestos que possam ocorrer na cerimônia. O ato deu-se em torno da igreja de Moscou, onde os presentes cantaram: "Você não teve medo e nós não temos medo". A rigidez para o sepultamento foi tão grande que as autoridades orientaram sobre o caminho para o sepultamento entre a igreja e o cemitério, limitando com barreiras metálicas. As pessoas portavam flores e muitas choravam. A imagem que o oposicionista deixa é de que não há mais políticos como ele". Estiveram presentes à cerimônia o embaixador francês na Rússia, Pierre Lévy, e a embaixadora dos Estados Unidos, Lynne Tracy.
No rito da igreja ortodoxa, o corpo de Navalny ficou exposto com o caixão aberto e foi sepultado duas horas depois das homenagens. A mulher de Navalny, Yulia Navalnaia, lamentou a proibição de cerimônia civil, como acontece, quando morre uma personalidade na Rússia. Ele morreu no dia 16 de fevereiro, 47 anos, na prisão onde cumpria condenação que lhe foi imposta pelo Tribunal local, seguindo orientação do ditador Vladimir Putin. Na verdade, Navalny foi assassinado pela polícia; houve uma tentativa de envenenamento do líder dois anos antes, mas sobreviveu, depois de conduzido para Alemanha e retornou para a Rússia, onde foi preso.
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