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sábado, 9 de março de 2024

ODEBRECHT MUDA DE NOME PARA LIVRAR DE MULTAS

A revista The Economist, na última reportagem, tece comentários sobre aumento da corrupção na América Latina e ressalta a suspensão de pagamentos de acordos celebrados pela Odebrecht, atual Novonor, e J&f, de conformidade com decisão monocrática do ministro Dias Toffoli, do STF. A matéria tece considerações sobre a queda da Lava Jata e problemas semelhantes no Peru, Haiti, México e Guatemala. A revista assegura que a empreiteira brasileira mudou de nome como tentativa para livrar do passado. Segundo Economist as multas aplicadas à Odebrecht no Brasil, Estados Unidos e Suíça foi de US$ 2,6 bilhões; informa que a empresa, entre 2001 a 2016 teve lucro de US$ 3,33 bilhões, resultado das propinas que derramou no Brasil, na Colômbia, Peru, República Dominicana e Moçambique, além de outros, situada em US$ 788 milhões. 

A Odebrecht saiu lucrando com as maracutaias aplicadas no Brasil e nos outros países da América Latina porque contou com a suspensão das multas, sob fundamento de coação não comprovada e negada pela empresas envolvidas, em audiência de conciliação com o ministro André Mendonça, do STF. O pior é que, o ministro Toffoli, além de suspender a multa, ainda conferiu-lhe o direito de renegociar o pagamento. A revista compara o que aconteceu com outras empresas e o tratamento dispensado pela autoridades foi bem diferente do que ocorreu, no Brasil, com a Odebrecht e a J&F. Um dos casos refere-se a Siemens, apanhada com pagamento de propina de US$ 1.4 bilhão, na Argentina, Bangladesch e Venezuela, além de outros países. A Siemens teve lucro, no período de 1996 a 2007, de US$ 1.1 bilhão e foi multada pela Alemanha e Estados Unidos em valor superior ao lucro, ou seja, US$ 1,6 bilhão.     

 

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