Os professores da rede municipal de São Paulo, em torno de 72 mil docentes, entraram em greve ontem, 14, reivindicando aumento salarial, melhor progressão de carreiras e nas condições de trabalho. Além disso, os professores pedem o fim do pagamento por subsídio. Trata-se de pagamento de valores que não incorporam aos salários. Os grevistas pugnam para que 39% do valor, tido como abono complementar, seja incorporado aos salários. O prefeito, em nota, informou que propôs reajuste de 2,16% para todos os servidores municipais, mas a classe reivindica 20%. O chefe do executivo declara que a adesão ao movimento grevista é de apenas 3% da 4 mil escolas na cidade. O presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal, Cláudio Fonseca, declarou que "essa política de pagar o professor com subsídio é uma política de desvalorização. O professor não tem possibilidade de progredir na carreira, não tem assegurado o direito de ter os aumentos incorporados ao salário".
Dentre as propostas dos professores, inserem-se também alteração das regras da reforma previdenciária, que elevou a contribuição dos aposentadores para 14% sobre o valor que excedo o piso do magistério; anteriormente, a cobrança incidia somente sobre o teto do INSS. Outro tema que preocupa os professores refere-se à educação especial para alunos com deficiência, porque tem aumentado bastante os casos de crianças com transtornos. As condições precárias do ensino em São Paulo causa professores adoecidos em grande quantidade, subindo bastante as licenças médicas.
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