Será aberto hoje, 8, inquérito contra o bilionário Elon Musk, visando apuração de sua conduta "em relação aos crimes de obstrução à Justiça, inclusive em organização criminosa", segundo determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que mandou incluir no inquérito das milícias digitais por "dolosa instrumentalização criminosa da provedora de rede social "X". Na decisão, o ministro fixou multa de R$ 100 mil por eventual desobediência a qualquer ordem judicial pelos responsáveis legais pela provedora de rede social "X" no Brasil. Essas providências originaram-se das últimas provocações de Musk, ameaçando desobedecer às determinações da Justiça brasileira, inclusive com retirada de restrições impostas a perfis da rede social. O atrevido empresário, residente em outro país, chegou ao ponto de defender impeachment do ministro.
Os oportunistas, a exemplo dos bolsonaristas dispararam elogios ao estrangeiro que, sem motivação alguma, interfere no sistema político judiciário do Brasil. O próprio Bolsonaro declarou que "a nossa liberdade, em grande parte, está nas mãos dele". Esse "dele", acreditem, é Musk. O ex-presidente disse que o empresário trabalha pela liberdade, mas não explicou se a liberdade é para ganhar dinheiro. Qual a moral que Bolsonaro tem para afirmar que "a nossa democracia está ameaçada, todo mundo sabe disso, a nossa liberdade de expressão nem se fala". O advogado-geral da União, Jorge Messias, reclamou de que mora no exterior e que possui "controle de redes sociais e se coloquem em condições de violar o Estado de Direito, descumprindo ordens judiciais e ameaçando nossas autoridades".
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