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Jorge Glass |
O ex-vice-presidente do Equador, Jorge Glas, 2013/2017, estava em asilo na Embaixada do México, quando na segunda-feira, 8, foi sequestrado pela polícia de Quito. Ele foi para o Hospital Naval do porto de Guayaquil, no Equador, porque "sofreu uma possível descompensação por se recusar a consumir os alimentos oferecidos", na prisão, para onde foi conduzido pelos policiais sequestradores. O ato capitaneado pelo governo do Equador provocou o rompimento de relações diplomáticas entre os dois países. O México apresentará representação contra o governo do Equador, junto à Corte Internacional de Justiça, alegando a intervenção policial, sem precedentes, desrespeitando a "inviolabilidade" das sedes diplomáticas da Convenção de Viena de 1961. Mais de 30 países, além de organismos mundiais e regionais, a exemplo das Nações Unidas, ONU, e a Organização dos Estados Americanos, OEA, hipotecaram solidariedade ao México e condenaram a ação equatoriana. Houve inclusive violação ao direito de asilo fixado na Convenção de Caracas de 1954.
Glass, 54 anos, ocupou o cargo de vice-presidente no governo do socialista Rafael Correa, 2007/2017, e cumpriu cinco dos oito anos de prisão, em dois julgamentos por corrupção, um dos quais cometido com o então presidente Correa, que está foragido na Bélgica. O Equador classifica o asilo de Glass como ilegal, porque está sendo processado por crime comum no Equador. O presidente do país declarou que resolveu intervir na embaixada, para evitar o "risco de um fuga iminente" do ex-vice-presidente. Escreveu o presidente: "Ao povo irmão do México, quero expressar que sempre estarei disposto a resolver qualquer diferença, mas que a justiça não se negocia, e que nunca protegeremos criminosos". Por outro lado, o presidente Andrés Manuel López Obrador mexicano "questiona a legitimidade das últimas eleições" no Equador.
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