Em ação sobre violação de sigilo funcional do banqueiro Daniel Dantas, na Operação Satiagraha, em 2008, o juiz Nilson Martins Lopes Júnior, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, decretou a prisão preventiva do ex-delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz. As investigações contra o banqueiro foram promovidas por Protógenes e, posteriormente, anuladas. O magistrado acatou pedido da defesa de Dantas e do Ministério Público Federal e alegou que "foram realizadas todas as diligências para localizar o réu, mas não houve sucesso". O fundamento reside em que o ex-delegado "estaria de maneira incessante se esquivando da citação", com possibilidade de prescrição. Protógenes vive atualmente na Suíça, daí a dificuldade para citá-lo e o pedido de prisão preventiva.
Ex-delegado Protógenes |
O juiz alegou que "o réu não só teria ciência das imputações contra ele alegadas nestes autos, mas também se estaria se furtando intencionalmente de comparecer". Foi determinado que se oficiasse à Interpol e promovesse bloqueio do passaporte do ex-delegado. Anteriormente, a Justiça tentou cooperação jurídica da Suíça, mas foi informada que "era impossível localizá-lo em um suposto endereço onde ele residia". Na segunda tentativa para citar Protógenes, em 2021, a Suíça informou que devido a "alegações de sérias ameaças a ele e a sua família", não iria dar cumprimento à diligência. Em dezembro, o juiz citou por edital e deliberou sobre a prisão preventiva. O empresário Daniel Dantas, que processo Protógenes, foi alvo em duas operações, acusado de contratar uma empresa para investigações privadas e para espionar a Telecom Itália, em disputa pelo controle da Brasil Telecom. Como acontece, normalmente, com esses grandes empresários, Dantas que foi condenado por corrupção, em 2011, e respondia a outros processos foi absolvido na condenação e outras acusações foram arquivadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário