GOVERNADOR PODE SER CASSADO PELO TRE

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, poderá ter seu mandato cassado, de conformidade com pedido da Procuradoria Eleitoral. Há vários crime cometidos por Castro, segundo depoimentos de testemunhas, relatórios do Tribunal de Contas do Estado e assinatura de um decreto. Se procedente o pedido ministerial também atinge o vice-governador e o presidente da Assembleia Legislativa do Estado, deputado Rodrigo Bacellar. O governador participou de esquema para criar 27 mil cargos fantasmas, designando apadrinhados políticos às vésperas da eleição, desconsiderando regras administrativas e eleitorais, segundo o Ministério Público.  

A defesa do governador alega que foram extintos os projetos, depois que se constatou irregularidades e que "não foram apresentados nos autos do processo elementos novos que sustentem as denúncias". O governador usou a UERJ e a Fundação do Centro Estadual de Pesquisa e Estatística do Rio de Janeiro, CEPERJ, para fazer pagamentos de funcionários de projetos sociais sem divulgação dos nomes, porque os pagamentos eram feitos através de ordens bancárias em nomes dos funcionários dos projetos e pagas na boca do caixa das agências do Bradesco, em dinheiro vivo. A interrupção dessa "malandragem" só aconteceu em agosto, após Ação Civil Pública do Ministério Público. Na petição, os procuradores eleitorais Neide Oliveira e Flávio Paixão escreveram: "O estratagema, para além de violar as regras basilares da gestão pública, revelou-se também, um arranjo estruturado para o cometimento das práticas abusivas de poder político e econômico, e conduta vedada, no curso do ano eleitoral, com a inequívoca interferência sobre o processo eleitoral".