O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro decidirá hoje, 17, sobre a cassação do mandato do governador Cláudio Castro, do vice, Thiago Pampolha e do presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacelar, por abuso de poder econômico. Segundo o Ministério Público Eleitoral eles violaram regras administrativas e eleitorais, quando usaram a estrutura da Fundação CEPERJ para criar 27 mil cargos fantasmas e nomear apadrinhados políticos, antes das eleições de outubro. O Ministério Público diz que a "quantidade exacerbada de mais de quarenta Casas do Trabalhador que foram inauguradas no período de 5 meses, no primeiro semestre de 2022, deixa nítido o desvio de finalidade de tais atos, com a utilização indevida da máquina e dos recursos públicos acima descrita, que funcionou para alavancar a candidatura dos integrantes do Governo do Estado, especialmente do candidato à reeleição, Cláudio Castro, que não poupou esforços para divulgar a participação em tais inaugurações com seus aliados políticos".
Duas testemunhas asseguraram ter recebido dinheiro público para trabalhar como cabos eleitorais de Castro, com orientação para pedir votos. Em dois eventos, no Jacarezinho e em Mandela, as testemunhas disseram que eram obrigadas a permanecer na frente do palanque, distribuindo panfleto, e com o objetivo de fazer volume de pessoas presentes. O Ministério Público mostra a corrupção com documentos, inclusive saques "na boca do caixa" e afirma que a interrupção dessa sistemática só aconteceu diante de medidas judiciais.
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