A Procuradoria-geral da Justiça de São Paulo denuncia que o desembargador Ivo de Almeida, da 1ª Câmara Criminal, porque negociou, decisão a favor de um réu durante uma missa de sétimo dia, sustentado nas investigações da Polícia Federal. O magistrado foi afastado do Tribunal de Justiça de São Paulo, por decisão do ministro Og Fernandes, do STJ, acusado de venda de decisões judiciais. O desembargador tinha a assessoria de duas pessoas para negociar com os advogados dos criminosos. Trata-se de Valmi Lacerda Sampaio e Wilson Vital de Menezes Júnior. Na missa do sétimo dia de Valmi, falecido em abril/2019, o magistrado confirmou as negociações para conceder Habeas Corpus em favor de Adomervil Vieira Santana, condenado a sete anos de prisão, pela prática dos crimes de roubo e furto. Em mensagens consta que Wilson respondeu que "ele (Almeida) está fazendo é entre 100 a 150 (mil reais)". Wilson, o intermediário das maracutaias, disse: "Estava com o nosso amigo (Almeida) ontem, falou para você ir mandando aos poucos. Ele veio na missa do meu pai (Valmi) e pediu para te passar isso". O Habeas Corpus foi negado porque a família do preso não conseguiu o valor.
Alguns meses depois, o desembargador deferiu parte da apelação de Adomervil, concedendo o regime semiaberto, contradizendo decisões anteriores, em outros processos. Há um caso no qual o desembargador cobra R$ 1 milhão para favorecer Romilton Queiroz Hosi, narcotraficante e de confiança de Fernandinho Beira-Mar, líder do Comando Vermelho. Para libertar o preso, Almeida tentou obter "apoio" de outro desembargador, mas não conseguiu", daí o motivo pelo qual não recebeu o valor combinado. O magistrado é investigado também pela prática da rachadinha; constatou-se transferências mensais de valores dos servidores do Tribunal de Justiça para a conta de Almeida.
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