domingo, 30 de junho de 2024

GRILAGEM E HOMICÍDIO RELACIONADAS COM JUÍZES

As atividades dos três juízes de Porto Seguro, Fernando Machado Paropart, Rogério Barbosa de Sousa e Silva e André Marcelo Strogenski, afastados pelo Tribunal de Justiça da Bahia, pode ter relacionamento com pelo menos dois assassinatos e uma tentativa de homicídio, um dos quais que se deu em frente ao fórum da cidade. As irregularidades relaciona-se com empréstimo de veículos apreendidos; um desses carros foi cedido a um réu e acredita-se que o veículo foi usado num dos crimes. O outro fato relacionado com homicídio é a cremação de um corpo, sem ouvir a Autoridade policial ou o Ministério Público. Um último fato, refere-se a um homicídio, na frente do fórum três anos atrás, e existe "forte suspeita" de que a ordem para o assassinato originou-se das dependências do fórum. O afastamento deu-se também por grilarem de terras sem considerar as áreas, pertencentes ao Estado da Bahia e da União, além de violar direitos de antigos ocupantes de terras devolutas.  


No relatório de afastamento, consta que foi constituída uma associação de juízes, promotores, advogados, empresários e secretário de obra do município para o cometimento de crimes. No celular do juiz Fernando Machado Paropat foi mostrada "atuação suspeita" entre ele e um promotor, caracterizando indícios de corrupção, segundo análise da Corregedoria. O desmantelo atinge o verdadeiro "caos registral", "permitindo a comercialização de imóveis com valores milionários, sem capacidade de emprestar segurança jurídica quanto ao direito de propriedade". Os magistrados, promotor e advogado adquiriram área de 60.000 m2, gerando 76 lotes, com divisão de 8 para cada um dos juízes.    

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